Grandes Jogadores: António Sousa
Grandes Jogadores
António Augusto Gomes de Sousa
Nasceu em São João da Madeira, a 28 de de Abril de 1957
Médio ofensivo, é o segundo jogador com maior número de jogos na I Divisão
Carreira: | ||||||
Época | Clube (Divisão) | J | G | V | E | D |
1972-73 | Sanjoanense (Juvenis) | - | - | - | - | - |
1973-74 | Sanjoanense (Jun.)(II) | 14 | 5 | 6 | 4 | 4 |
1974-75 | Sanjoanense (Jun.)(II) | 25 | 6 | 10 | 7 | 8 |
1975-76 | Beira Mar (I) | 29 | 10 | 6 | 9 | 14 |
1976-77 | Beira Mar (I) | 29 | 2 | 7 | 8 | 14 |
1977-78 | Beira Mar (II) | 26 | 15 | 17 | 7 | 2 |
1978-79 | Beira Mar (I) | 30 | 9 | 11 | 2 | 17 |
1979-80 | FC Porto (I) | 24 | 3 | 17 | 5 | 2 |
1980-81 | FC Porto (I) | 30 | 6 | 21 | 6 | 3 |
1981-82 | FC Porto (I) | 28 | 3 | 16 | 9 | 3 |
1982-83 | FC Porto (I) | 28 | 9 | 20 | 5 | 3 |
1983-84 | FC Porto (I) | 28 | 8 | 21 | 4 | 3 |
1984-85 | Sporting (I) | 27 | 8 | 17 | 9 | 1 |
1985-86 | Sporting (I) | 27 | 5 | 19 | 4 | 4 |
1986-87 | FC Porto (I) | 16 | 1 | 12 | 3 | 1 |
1987-88 | FC Porto (I) | 35 | 12 | 26 | 8 | 1 |
1988-89 | FC Porto (I) | 28 | 2 | 16 | 10 | 2 |
1989-90 | Beira Mar (I) | 30 | 2 | 9 | 8 | 13 |
1990-91 | Beira Mar (I) | 33 | 1 | 10 | 10 | 13 |
1991-92 | Beira Mar (I) | 33 | 1 | 11 | 10 | 12 |
1992-93 | Beira Mar (I) | 21 | 0 | 5 | 7 | 9 |
1993-94 | Gil Vicente (I) | 7 | 0 | 2 | 4 | 1 |
1994-95 | Ovarense (H) | 32 | 2 | 12 | 9 | 11 |
1995-96 | Sanjoanense (II) | 18 | 3 | 5 | 4 | 9 |
Treinador desde a 9ª jornada | ||||||
Total de Jogos e Golos: | J | G | V | E | D | |
Prova | 778 | 163 | 398 | 178 | 202 | |
I Divisão | 483 | 82 | 246 | 121 | 116 | |
Taça de Portugal | 78 | 32 | 56 | 6 | 16 | |
Comp. UEFA | 50 | 12 | 29 | 6 | 15 | |
Supertaça Nacional | 7 | 0 | 2 | 3 | 2 | |
Liga de Honra | 32 | 2 | 12 | 9 | 11 | |
II Divisão | 83 | 29 | 38 | 22 | 23 | |
Selecção Nacional | 27 | 1 | 9 | 7 | 11 | |
Outras selecções | 18 | 5 | 6 | 4 | 8 | |
Estreia na I Divisão: | ||||||
Beira Mar-CUF, 0-1 (7-9-1975, 75m) | ||||||
Treinador: | Frederico Passos | |||||
Títulos: | ||||||
Campeão de Portugal em 87/88 | ||||||
Vencedor da Taça de Portugal em 83/84 e 87/88 | ||||||
Vencedor da Supertaça de Portugal em 81/82, 83/84 e 86/87 | ||||||
Vencedor da Taça dos Campeões Europeus em 86/87 | ||||||
Vencedor da Supertaça Europeia em 1987 | ||||||
Vencedor da Taça Intercontinental em 1987 | ||||||
Pela selecção nacional obteve o 3º lugar no Europeu de 1984 | ||||||
e participou na fase final do Mundial de 1986 Perfil: Empolgamento e revolta pertenciam às coisas pessoais que não repartia com os outros. Era capaz de incendiar um jogo com o seu futebol brilhante feito de saber, inteligência e equilíbrio; de extrair da plateia os aplausos justificados pelos dotes de artista notável aos quais juntava uma apuradíssima concepção táctica; de referência construtiva da equipa no momento de pôr a máquina brilhar. Tinha, também, o dom do remate fortíssimo, que transformava em sucessivos tiros certeiros capazes de derrubar as muralhas mais compactas erguidas à sua frente, o que fazia em qualquer momento e circunstância. E no entanto, apesar de emitir imenso calor, era um jogador apagado e frio. Não por questões de ordem estética, não para tirar partido disso como factor de surpresa, mas apenas porque nem o futebol alterava a imagem do que era fora dele: um homem triste, metido consigo próprio, que preferia interiormente todas as emoções, incluindo as mais vibrantes. Por todas as razões, António Sousa foi o jogador fascinante. Suportado num talento genético indiscutível — facilmente detectável pela forma como jogava a bola — dimensionou-o pela perfeição com que assimilou todos os princípios do jogo em termos de posicionamento, sentido estratégico e capacidade para entender as contingências da luta. Tornou-se, então, uma das grandes referências do seu tempo, até pela longevidade de uma carreira que por pouco não atingia o número mágico de 500 jogos na I Divisão. Médio de extremo requinte a executar era precioso no modo como punha a equipa a funcionar, responsabilidade à qual acrescentava o perigo no momento de se aproximar da grande área. Pela potência, intuição e certeza do remate o seu conceito de distância fugia ao senso comum: não precisava de se chegar muito perto da baliza para se relacionar com o golo. Nos livres directos, então, tudo podia acontecer, sobretudo na zona mais descaída para a esquerda do ataque — aquela que melhor servia o tiro com o pé direito. Um jeito que o filho Ricardo herdou e aplicou ao pé esquerdo, entrando no século XXI como um dos grandes especialistas de lances de bola parada do futebol português. |
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